Encontro-me coberto de um eterno manto negro,
Perdi a visão.
Guio as minhas passadas com palmos ponderados,
O negrume não me é estranho.
Do nada, uma voz começa a guiar-me ao seu encontro
É-me familiar.
A doce e suave voz que me arrepia,
O meu abrigo.
O vulto está próximo, consigo sentir o perfume denso a
inebriar-me
E o ar quente que expira.
Aproximo-me o mais que posso sem tropeçar.
Sinto o toque,
Lamento a inutilidade dos meus olhos,
Deixo que as minhas mãos vejam por eles.
Começo a tocar o semblante na fronte delicadamente
E rapidamente desenho
linhas mentais que contornam as suas formas.
Sei quem é,
Estou seguro.
Sem comentários:
Enviar um comentário