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3.30.2014

Reflexo

Paro em frente ao espelho.
Começo a percorrer os contornos de um corpo,
O meu.
É-me indiferente.
Nos meus devaneios procuro figura de destaque,
Algo de louvor mas,
De mundano não passo.
Ouço vozes a contestar este pensamento,
Tudo aponta para uma visão redutora do eu.
Simplesmente ignoro.
Ignoro para que a frustração não se manifeste
Por não ser capaz de me ver por outros olhos.

Outrora dor, hoje indiferença
Marcam os olhos que vislumbram o reflexo do rapaz perdido.
O rapaz que nunca encontrará saída.





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