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2.19.2014

...

Doí-me a alma,
E tudo o resto se segue.
Tremo consumido pelo medo,
O medo do esquecimento
Não me quero perder.
O vazio alastra à medida que cravo as unhas na carne de que sou feito,
Quero sentir-me humano.
Tento gritar, em vão.
Deixo-me ficar encolhido nas profundezas do meu ser
Para que a escuridão preencha o que sobra.

Pelo menos o vazio é silencioso.

2 comentários:

  1. 'Pelo menos o vazio é silencioso'... Com o vazio coexiste também a solidão, o nada, o que não é humano, pois ser humano o que é senão uma panóplia de sentimentos e emoções e desejos, desde aqueles que uma pessoa procura uma vida inteira, como o amor, mas também aquele que toda a gente deseja não ter, deseja esconder-se dele na escuridão... o medo, a dor de perda, de esquecimento... Este medo que tentamos ignorar ao escondemo-nos no escurinho como uma criança a brincar às escondidas. Contudo mal uma pessoa sabe, que, tal como nas 'escondidinhas' o medo acaba muitas vezes por nos apanhar, e que podemos correr até àquele lugar seguro. Mas por quantas vezes podemos nós fugir a isso? :)
    Dai que para nos sentirmos humanos temos que abraçar os medos. dar-lhes um grande abraço e vencê-los, na luz que é a vida. Pois no fim do dia, o que é mais importante? Continuarmos no vazio, por mais silencioso que seja... ou enfrentarmos os barulhos e os gritos do medo, para termos aquilo que nos faz humanos? :)

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    Respostas
    1. Meu caro leitor,
      desde já queria agradecer o tempo que despendeu ao escrever um comentário, estou-lhe deveras grato, de todo o meu instrumento que bombeia o fluido que me corre nas veias. Após o meu solene e sincero agradecimento apenas tenho a dizer que concordo, sim o humano é nada mais que uma panóplia de emoções contudo aqui entre os meus míseros devaneios de alma, neste cantinho transmito as minhas emoções.
      Repare que o que procuro é criar empatia com o público, fazer com que sintam algo aquando a leitura destes pequenos pensamentos aleatórios.
      Carpe diem, a vida não são dois dias, são dois momentos, o nascer e o morrer.

      os meus sinceros cumprimentos
      pedro

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