Estranho
Ser-se peça neste jogo findável.
Vistam a máscara que vos convém.
Aquela mais tolerável.
Sejam estilhaços
Do projéctil que perfura quiçá.
Sejam.
Tao pouco interessa ser-se eu
Se são bajulados pelos rostos que vos percorrem.
É o que basta para continuar.
Desenganem-se que no final gostarão.
Mas afinal de contas quem se importará
Se são bocados de um todo inexistente.
Sejam.
«...Se são bajulados pelos rostos que vos percorrem.
ResponderEliminarÉ o que basta para continuar.
Desenganem-se que no final gostarão.»
...
Não creio que baste ser bajulado por quem quer que seja. Não é possível gostar de um vazio incapaz de acolher o próprio silêncio. Não é possível ser parte de um todo inexistente!...
No final, se calhar, a única coisa que interessa é a capacidade de ser "eu". Sem máscaras, que, essas, acabam por se gastar.
Existe sempre um caminho que ainda não enxergamos, ao virar a esquina encontramos um pouco de luz para as nossas vidas...
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