"Hoje
escrevo-te
Nas horas mortas de dias infecundos.
Escrevo-te,
Enquanto a
nostalgia latente me abate no canto silencioso da minha alma.
Recordo os dias em que o teu sorriso me
preenchia,
Em que a tua voz me
embalava
E a tua presença
era luz
Sou incapaz de nao
te perdoar o imperdoável
E, no entanto, não consigo esquecer.
Impotente, ao constatar que jamais será o
mesmo.
O tempo não volta atrás.
Ficam as memorias de outrora,
Estas que me despedaçam
E me obrigam a
chorar.
Espero que um dia algo seja capaz de me tornar
inteiro,
Pois sou nada
E, ao mesmo tempo, tudo.
Sou o nada impresso humano
Condenado a vaguear as ruas que desejava
vazias.
Hoje escrevo-te."